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JULIA MARIA SALADINA ORTIZ MORALES
( CHILE )
Chile, 1958.
TEXTO EN ESPAÑOL - TEXTO EM PORTUGUÊS
BENDITO SEA TU CUERPO. Resumen del 1er Concurso Mundial de Poesia Erótica – Perú, 2007. Compilador: José Guillermo Vargas. Lima, Peru: Ediciones Ventana Andina, 2008. 358 p. 15 x 21 cm. No. 10 735 Ex. biblioteca de Antonio Miranda
DESIGNIOS PARA DOS AMANTES
Desde un tiempo que no conozco
oráculos de calladas emociones
desde piedras milenarias,
donde sus fulgores anidaran mi cabellera,
desde mi primer beso adolescente,
en gélidos silenciosos mantos de mi Patagonia encallada y dormida
…
te he buscado desesperada, agonizante,
mi ensoñado hombre moreno…
Y no me bastaron amores,
ni alamedas multitudinarias,
ni mi Che Guevara soñado en rostros encendidos…
todos ellos amores malditos, piratas amantes de mis cándidos
[cristales…
y seguí peregrina de amores, y aún encadenada…
te seguí buscando y te soñé tantas veces,
tantas en mis abismos y en mis claros…
tú, invisible faz de mis acuarelas amanecidas…
Inexorablemente, marcharon las estaciones
y profecías en versos un día, me llevaron a sus alturas siderales,
entonces, ahí amor del alma mía,
ahí estabas implorante, y arrodillado,
en tus vetustas reminiscencias… fuiste hablante juglar.
y un embrujo se me quedó en el alma, y yo, en ti,
sólo una luciérnaga etérea…
Qué cosa rara el danzar de los momentos,
Qué extraños dioses y sus designios…
seguí buscándote, mi amado, en espejos distantes
y sólo eras un sonido de mandatos celestiales…
pero un día sin nombre, me llegaste amado, en gorjeos abrasantes…
quise huir de mis espejos,
quise huir de mis soledades…
pero escrituras omnipotentes, desataron tempestades
y me hiciste tu cautiva en fuegos amarantos.
¡Ay! amor aceitunado, te encontré al fin, en mis pedregales
que ya de otoño se visten…
te encontré, vida mía,
amor de caminos viejos oceánicos,
envejecida ave de sueños extraños
que en susurros ardientes me haces tu amante
y me tienes en tus incendios crepusculares.
como gaviota inmarcesible, como una doncella híbrida en tus
[guaridas
de indómito guerrero…
Poquito a poco, suavemente, negro mío,
en tus urgencias de macho en celo me has profanado
y de mis cristales me has tornado en diamante candente
donde tus oleajes han inundado mis adentros de virgen insegura…
Ay amor, amado, de un lapso sin nombre,
desde que tus terrosos labios me tocaran,
los cielos se derrumbaron… y en horizontes incandescentes,
dejé caer en mis geografías mutiladas, en mi sur triste tendido…
tus poros de tiempos transcurridos…
e hijos imaginarios sembraste jadeante en mis paisajes desolados
he sido tu asombro inusitado,
en mis estertores vaginales
y, tú, un victorioso guerrillero, usurpador cálido en mis trincheras
militantes…
Desde tiempo inmemoriales, mi vida,
papiros esculpidos ya tenían nuestros nombres… ya estaba escrito,
amor,
que tu negra piel y la mía alba, fueran ruidos volcánicos…
gritos enmudecidos en marchas belicosas,
lavas furiosas entre andes distantes, fueran gemidos, bramidos
crepusculares,
fueran lágrimas emocionadas, eternos fuegos huérfanos
[humedecidos…
Te amo, negro mío, desde este hoy recién parido,
desde tiempos ancestrales desconocidos
a los días que se vengan galopantes…
te amo, desde mis Selenes apostadas en mi ventana
a las auroras desnudas desatadas,
te amo, desde mi cuerpo amnésico, al tuyo de amores frondosos,
te amo, desde mi cabellera dorada, a las tuyas ámbares…
desde mi roído vientre emergido de hijos, al tuyo boscoso de tantos
a todo tu sagrado y fogoso órgano cobrizo.
Amo nuestros sexos cuando de fiesta se engalanan
ya mi niña te vuelves, de intrépida princesa, a hembra iluminada,
en esos brazos tuyos que ahuyentan mis sombras fantasmales…
y me pierdo en tu oceánica mirada,
en dulces temblores agónicos insondables…
me pierdo, en tu gozo entrándome, y de una nueva victoria en tu
[ceniciento
plumaje y de tus trinos avasalladores en mis lomos de gaviota
inmarcesible, que toda la vida… te estuvo esperando… esperando…
***
TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda
DESÍGNIOS PARA DOIS AMANTES
Faz tempo que não conheço
oráculos de quietas emoções
desde pedras milenares,
onde seus fulgores aninharam minha cabeleira,
desde meu primeiro beijo adolescente,
em gélidos silenciosos mantos de minha Patagônia encalhada e dormida
…
eu te busquei desesperada, agonizante,
meu sonhado homem moreno…
E não me bastaram amores,
nem alamedas multitudinárias,
nem meu Che Guevara sonhado em rostos acesos …
todos eles amores malditos, piratas amantes de meus cândidos
[cristais…
e segui peregrina de amores, e ainda presa …
te segui buscando e sonhei contigo tantas vezes,
tantas em meus abismos e em meus claros…
tu, invisível faz de minhas aquarelas amanhecidas…
Inexoravelmente, marcharam, as estações
e profecias em versos um dia, me levaram às suas alturas siderais,
então, aí amor de minh´alma,
aí estavas implorante, e ajoelhado,
em tuas vetustas reminiscências… eras falante menestrel.
e um feitiço ficou em minha alma, e eu, em ti,
apenas um vaga-lume etéreo...
Que coisa rara o dançar dos momentos,
Que estranhos deuses e seus desígnios…
continuei buscando-te, meu amado, em espelhos distantes
e apenas eras um sonho de mandatos celestiais…
mas um dia sem nome, chegaste a mim amado, em gorjeios abrasantes…
quiz fugir de meus espelhos,
quis fugir de minha solidão…
mas escrituras onipotentes, desataram tempestades
e fizeste de mim tua cativa em fogos amarantos.
Ai! amor de oliva, te encontrei afinal, em minhas telas
que já de outono se vestem …
te encontrei, vida minha,
amor de velhos caminhos oceânicos,
envelhecida ave de sonhos estranhos
que em sussurros ardentes me fazes teu amante
e me tens em teus incêndios crepusculares.
como gaivota imarcável , como una donzela híbrida em tuas
[tocas
de indômito guerreiro…
Pouco a pouco, suavemente, negro meu,
em tuas urgências de macho em tuas guaridas me profanaste
e de meus cristais me converteste em diamante brilhante
onde teu azeites selvagens inundado meus interiores de virgem
[insepulta…
Ai amor, amado, de um lapso sem nome,
desde que teus terrosos lábios me tocaram,
os céus se derrubaram…e em horizontes incandescentes,
deixei cair em minhas geografias mutiladas, em meu sul triste
[ tendido…
teus poros de tempos transcorridos…
e filhos imaginários semeaste ofegante em minhas paisagens desoladas
eu fui teu assombro inusitado,
em meus estertores vaginais
e, tu, um vitorioso guerrilheiro, usurpador cálido em minhas trincheiras
militantes…
Desde tempos imemoriais, minha vida,
papiros esculpidos já tinham nossos nomes… já estava escrito,
amor,
que tua negra pele e a minha alva, eram ruídos vulcânicos…
gritos emudecidos em marchas belicosas,
lavas furiosas entre andes distantes, eram gemidos, gritos
crepusculares,
eram lágrimas emocionadas, eternos fogos órfãos
[umedecidos…
Te amo, meu negro, desde este hoje recém parido,
desde tempos ancestrais desconhecidos
aos dias que se vingam galopantes…
te amo, desde minhas Selenes apostadas em minha janela
às auroras desnudas desatadas,
te amo, desde meu corpo amnésico, ao teu de amores
[frondosos,
te amo, desde minha cabeleira dourada, às tuas de âmbar…
desde meu roído ventre emergido de filhos, ao teu arborizado
[de tantos...
a todo teu sagrado e fogoso órgão de cobre.
Amo nossos sexos quando de festa se engalanam
e minha filha te transforma, de intrépida princesa, a fêmina
[ iluminada
nesses braços teus que afugentam minhas sombras
[fantasmais…
e me perco em tua oceânica mirada,
em doces tremores agônicos insondáveis…
eu me perco, em teu gozo entrando-me, e de uma nova vitória
[em teu cinzento
plumagem e de teus trinados avassaladores em meus lombos
[de gaivota
imarcável, pois toda a vida… estive te esperando…
[esperando…
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Página publicada em março de 2024.
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